SINOPSE E COMENTÁRIO
Herman Mankiewicz, conhecido como Mank (Gary Oldman), é um polêmico roteirista e autor de Hollywood que, no final da década de 1930, é contratado por Orson Welles (Tom Burke) para escrever o roteiro de seu próximo filme. Algumas semanas antes, em uma situação ridícula, Mank sofre um acidente de carro que o deixa acamado até se recuperar.
É por isso que a produção destinou para Mank uma casa isolada onde ele se dedique exclusivamente à escrita e não se distraia com a sua paixão pelo álcool, que sempre o manteve na fronteira entre a sobriedade e a embriaguez. Com o tempo correndo para terminar de escrever a história, Mank terá o apoio de Rita (Lily Collins) que o ajudará na transcrição de sua história. Durante o processo e por meio de vários flashbacks, podemos ver a interação do roteirista com vários grandes nomes da indústria cinematográfica. Sua história acabará se transformando em Cidadão Kane, que ganhará um Oscar que compartilhara injustamente com o diretor Orson Welles.
Mank é a festa da indústria cinematográfica dos anos 30, mas cheia de nomes, referências, flashbacks, cenas, voltas e reviravoltas que a tornam um espetáculo avassalador aos olhos de quem, despreparado, se senta para vê-lo. Muito disso é baseado na relação entre o roteirista Herman Mankiewicz e ícones de Hollywood da época, como o magnata William Randolph Hearst, o empresário Louis B. Mayer e o diretor Orson Welles, mas tudo é tão manchado por um roteiro errático que acabamos ficando perdidos e não podemos determinar a grandeza ou a real importância dos personagens que desfilam no filme. Filmado em um preto e branco polido, talvez para nos levar de volta à época. Esse recurso de filmagem, eu acho, acaba prejudicando a riqueza dos visuais vintage. De qualquer forma, não o recomendaria, a menos que você ame a indústria de Hollywood e queira se aprofundar na autoria do roteiro de Citizen Kane, o lendário filme de Orson Wells.
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